Correr em jejum apenas faz mal quando o organismo do praticante não está preparado para correr de barriga vazia. Ou seja, quando o corpo do corredor ainda não está adaptado a este tipo de prática. O que não significa que a prática é destituída de alguns benefícios.
Inclusive, correr em jejum é uma prática executada por atletas profissionais no mundo todo, sabia? O que não significa, também, que todas as pessoas estão aptas ao exercício.
Assim, considerando as dúvidas de muitos leitores, conheceremos um pouco mais sobre os benefícios e malefícios de correr em jejum, além de revelar alguns mitos e pontuar algumas das principais recomendações dadas às pessoas que queiram iniciar a prática da corrida de barriguinha vazia.
Quais são os benefícios de correr em jejum?
O principal benefício de correr em jejum é a queima de gordura. Nesse tipo de prática, o corpo utiliza gordura para gerar energia. Afinal, não haverá a presença direta de reservas de energia vindas da alimentação. Assim, o processo de queima de gordura é acelerado.
Desse modo, uma das consequências da prática em jejum é o emagrecimento do corredor. Mas, cuidado! Como dito, esse é um resultado POSSÍVEL, o que não quer dizer que é sempre assim.
Isso porque treinar em jejum não é um fator decisivo para o emagrecimento, tudo dependerá da duração do treino e da intensidade da corrida. Basicamente, se a corrida for de alta intensidade, o gasto energético e a queima de calorias é maior, favorecendo o emagrecimento.
Além disso, é importante comentar que a corrida já é em si uma atividade aeróbica que favorece o emagrecimento, com ou sem jejum. Indicada, principalmente, às pessoas que preferem se exercitar no período da manhã.
Quais são os malefícios de correr em jejum?
Correr em jejum pode ser prejudicial à saúde quando o organismo do corredor não está preparado para realizar uma atividade que exige muito, sem a quantidade de nutrientes necessária para tal.
Nesse caso, o corredor pode sentir mal-estar, ter um rendimento baixo e, inclusive, apresentar um quadro de hipoglicemia (queda vertiginosa das taxas de açúcar no sangue), sentindo tonturas, confusão mental e fadiga.
Por isso, a prática não é recomendada para quem possui um condicionamento físico inapropriado, quem possui um quadro de sedentarismo ou quem possui alguma patologia relacionada.
Correr em jejum faz perder massa muscular?
Ao contrário do que dizem por aí, correr em jejum não queima massa muscular, isso porque o corpo não continua correndo quando esse estágio se inicia.
Em outras palavras, quando o nosso corpo para de se nutrir do glicogênio presente nos músculos, ele busca outra fonte de energia, geralmente, ácidos graxos livres. Quando essa outra fonte de energia se esgota, a maior parte das pessoas já parou de correr. Afinal, de modo geral, estão exaustas.
Recomendações para começar a correr em jejum
- Passe por avaliações médicas e nutricionais antes de começar a correr em jejum.
- Conte com o acompanhamento de um profissional de educação física e um nutricionista especializado.
- Inicie a transição ingerindo alimentos que possuem antioxidantes naturais, baixo teor calórico e baixo índice glicêmico no pós e também no pré-treino.
- Corra por apenas 40-60 minutos, dependendo do seu condicionamento físico.
- Escolha um treino de baixa intensidade.
- Beba um copo de água antes de iniciar a corrida.
Portanto, podemos concluir que a resposta para a pergunta “correr em jejum faz mal” será: depende. Isto é, depende de cada situação e de cada pessoa. Por isso, o ideal sempre será consultar um especialista, ok?
Deixe seu comentário