O que é estiramento muscular e como é possível tratá-lo?

A lesão de fibras musculares, sem o seu rompimento, é o que caracteriza um estiramento muscular. Entenda o que é e qual tratamento indicado.

Estiramento muscular

Quando se tratam de termos mais técnicos do corpo humano, é normal que a gente acabe ficando com dúvidas.

Você pode estar se perguntando se estiramento muscular e contusão muscular são a mesma coisa, ou se existem níveis de estiramento muscular.

Ou ainda, em quais partes é possível sofrer um estiramento muscular: coxa, panturrilha, virilha? Como identificar, tratar e quanto tempo leva para recuperar? Tudo isso você vai entender a seguir.

O que é estiramento muscular?

Quando acontece um alongamento excessivo das fibras e músculos, temos o que é chamado de estiramento muscular.

Quem pratica atividade física com frequência já pode ter tido um, pois é muito comum, especialmente quando o praticante não realiza o exercício da forma certa.

Além disso, se for realizado um movimento muito rápido e com um peso acima do ideal, o estiramento também pode acontecer.

Quais níveis de estiramento muscular existem?

Existem três graus de estiramento muscular. Quanto maior o grau, maior a dor, o tempo de recuperação e mais visível é a lesão. Entenda as características de cada:

1.  Grau I

Quando menos de 5% das fibras musculares são afetadas e o processo inflamatório é menor. A dor só é sentida se a região é esticada ou pressionada, ou seja, não compromete os movimentos. Pode existir hemorragia, mas é baixa. A recuperação não costuma demorar.

2.  Grau II

Quando 5% a 50% das fibras musculares são atingidas, com os mesmos sintomas de grau I, só que mais fortes, podendo sentir dor mesmo sem esticar ou mexer na parte afetada.

A inflamação e a hemorragia também são maiores e o músculo fica comprometido, quer dizer, você não pode se mexer ou se mexe pouco, porque dói. Consequentemente, a recuperação é mais lenta.

3.  Grau III

Se a lesão atingir mais de 50% da região afetada, o estiramento muscular é grave e a função do músculo fica comprometida. Nesses casos, a hemorragia é forte e pode até existir contração junto com uma dor que varia de moderada a intensa.

Nesse grau, a lesão pode ser visível ou palpável, diferente dos graus anteriores.

Como identificar e tratar o estiramento muscular

Quem tem um estiramento muscular, costuma sentir uma dor imediatamente ao sofrer a lesão. Pode até mesmo ouvir um som de estalo, um ruído.

Também pode perder a flexibilidade e o alcance dos movimentos daquela região do corpo, bem como notar fraqueza muscular.

Esse tipo de lesão acontece, normalmente, nos músculos posteriores, anteriores e internos da coxa e panturrilha. É na chamada junção músculo-tendão que ela habitualmente aparece, mas qualquer parte do músculo é vulnerável a um estiramento.

Ao sentir qualquer um desses sintomas, você deve procurar ajuda médica. O especialista possivelmente fará uma ultrassonografia, para descobrir a gravidade da lesão, e perguntas, para entender o seu dia a dia de atividades físicas e buscar responder o que causou a lesão.

Como tratamento, o médico provavelmente também vai receitar anti-inflamatórios e sugerir usar gelo na região da lesão e repouso, deixando a área lesionada elevada enquanto ainda estiver na fase mais intensa da recuperação, que pode ser de até 7 dias.

Também pode recomendar TENS - Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea, que tem um efeito analgésico na região.

Depois disso, você deve buscar ajuda de um fisoterapeuta, que vai realizar movimentos leves, até sentir que suas fibras musculares estão respondendo de forma positiva ao estímulos, para só depois começar atividades de fortalecimento dessa região.

É muito importante que o atleta aguarde essa recuperação completa acontecer, para só então voltar a praticar atividades mais pesadas.

Caso contrário, poderá causar mais algum dano à lesão e demorar ainda mais tempo para se recuperar. Quando seguidas todas as orientações, a cicatrização do estiramento muscular pode levar até um mês.

Como prevenir o estiramento muscular

Existem algumas medidas que você deve tomar para não correr o risco de sofrer uma lesão desse tipo.

Entre elas estão:

1.  Aquecimento

Fazer aquecimento antes de iniciar qualquer atividade física. Alongue o corpo, o que ajuda, inclusive, a aumentar a flexibilidade.

2.  Fortalecimento muscular

Investir no fortalecimento muscular, com atividades específicas orientadas por profissionais qualificados para isso.

3.  Equipamentos de proteção

Se você pratica esportes de alto impacto, como futebol, é recomendado usar equipamento para auxiliar na proteção e na estabilização das articulações, para evitar lesões maiores ou mesmo que sofra novas lesões.

4.  Cuidados com alimentação

Alimentar-se mal também facilita a existência de um estiramento muscular. Procure um nutricionista para seguir uma dieta adequada à sua rotina de atividades.

5.  Pesos ou tarefas excessivos

Sobrecarregar o corpo com pesos ou tarefas excessivas também pode levar à lesão. Faça atividades de forma gradual e sempre respeite seus limites.

Contar com a orientação de um profissional para realizar os exercícios de maneira correta também é essencial para evitar esse tipo de lesão. Usar uma técnica de treino de maneira errada ou ter uma postura inadequada durante a corrida, por exemplo, são erros comuns que levam ao estiramento.

Estiramento x contusão muscular

Muita gente também confunde estiramento muscular com contusão muscular.

A contusão é uma forma muito mais agressiva, que leva a um trauma, com o rompimento de vasos sanguíneos, além de uma mancha roxa no local afetado. É uma lesão proveniente de um impacto, seja em um corpo a corpo de jogo de futebol ou em um acidente de carro, por exemplo.

O tempo de recuperação nesses casos é muito maior e a lesão pode até mesmo ser irreversível.

Esclarecemos suas dúvidas? Esperamos que sim. Se você felizmente não sofreu nenhum estiramento muscular, previna-se e bons treinos!

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