Síndrome do piriforme em atletas: o que é, causas e como tratar

A síndrome do piriforme é uma condição muito comum em corredores e ciclistas e pode afetar seu desempenho no exercício. Leia este guia completo sobre o assunto e descubra como tratar o problema!

Uma mulher na rua com dor na coluna

A síndrome do piriforme é uma doença que possui sintomas muito semelhantes aos da hérnia de disco lombar e que acontece quando o músculo piriforme, localizado no quadril e nos glúteos, está inflamado.

A musculatura é uma das responsáveis pelo movimento da articulação do quadril e está ligada diretamente ao nervo ciático e, apesar de não ser tão conhecida ou comentada, a condição que afeta essa região é muito comum em atletas, principalmente em quem pratica esportes que envolvem o estímulo constante das pernas, como corrida, bike ou triathlon.

Descubra mais sobre ela e saiba como evitar que o seu nervo piriforme fique inflamado neste artigo!

O que é a síndrome do piriforme?

A síndrome do músculo piriforme é caracterizada pela dor na região dos glúteos, que pode se estender para a parte superior ou lateral da coxa, quadril, pernas e pés.

Por ser muito parecida com a dor ciática, o diagnóstico da complicação pode ser bem difícil e é importante que você saiba que o teste para síndrome do piriforme feito de forma adequada envolve uma análise do histórico da sua família por um médico, exames físicos de mobilidade e eletroneuromiografia – para verificar a atividade elétrica dos nervos –, ressonância magnética e, claro, avaliação dos sintomas apresentados.

Quais são os sintomas da síndrome do piriforme?

Os sintomas da síndrome do piriforme incluem:

  • dor nos glúteos ao subir e descer escadas;
  • dor na região lombar;
  • dificuldade de rotacionar o quadril;
  • sensação de dormência e formigamento nas nádegas, coxas e pernas;
  • desconforto ao se sentar; e
  • fraqueza nas pernas.

Muitos são parecidos com os da hérnia de disco, então, está aí mais uma razão para diversos exames, testes e avaliações até o diagnóstico final.

Mas, afinal, como alguém desenvolve essa síndrome? Continue lendo!

Quais são as causas da síndrome do piriforme?

Os principais fatores que podem causar a inflamação do piriforme são o excesso de exercícios nas pernas e na região glútea ou sua execução de maneira errada ou com carga demais, o ato de ficar sentado por longos períodos de tempo ou uma alteração anatômica que faz com que o nervo ciático passe por dentro do músculo.

Estatisticamente falando, a síndrome do piriforme acaba aparecendo mais em mulheres – que costumam ter mais massa muscular nos glúteos do que os homens – ou em pessoas idosas – que costumam ficar muito tempo paradas e não possuem uma mobilidade bem desenvolvida.

A boa notícia é que existe tratamento!

A síndrome do piriforme tem cura?

Não existe uma cura definitiva para a síndrome do piriforme, mas ela pode ser tratada e acompanhada por médicos especializados. Por se tratar de uma inflamação do músculo, nada impede que a complicação volte a acontecer mesmo depois de muito tempo, porém, um cuidado adequado ajuda a preveni-la.

Os tratamentos também ajudam a aliviar a dor e diminuem os impactos causados pelos sintomas.

Como tratar a síndrome do piriforme?

Os melhores tratamentos para síndrome do piriforme incluem colocar gelo na região, fazer massoterapia e/ou acupuntura, ficar de repouso, contar com um número adequado de sessões de fisioterapia prescritas pelo seu médico e, em casos extremos, fazer aplicação de remédios direto no ponto de dor (infiltração).

Tomar alguns medicamentos para a síndrome do piriforme, como relaxantes musculares, anti-inflamatórios e analgésicos, pode ajudar bastante no alívio da dor em momentos de necessidade.

Exercícios de fortalecimento do piriforme feitos em casa com bastante cautela e atenção também têm seu valor! Veja quatro opções deles no próximo tópico.

4 exercícios físicos para tratar a síndrome do piriforme

Os melhores exercícios de alongamento para síndrome do piriforme incluem pilates, atividades de mobilidade e flexibilidade, prancha lateral e posição do pombo. Confira cada um deles em detalhes!

1.  Pilates

Um grupo de pessoas sorrindo com equipamento de academia

Os exercícios do pilates são perfeitos para você trabalhar e relaxar a mente e o corpo simultaneamente e não só podem ser feitos em casa como também com a ajuda e orientação de um profissional.

Além de auxiliar muito no combate à síndrome de Piriforme, o pilates traz diversos outros benefícios para uma vida mais saudável, como a melhora da postura e da respiração.

2.  Mobilidade e flexibilidade

Uma mulher se alongando

Quando estiver sentado(a), dobre uma das pernas na direção do seu corpo e estique a outra à sua frente – sempre mantendo a coluna ereta –, assim, você consegue fazer o alongamento da parte posterior das pernas e dos glúteos.

Deixe o joelho da perna dobrada apontado para fora e o pé próximo à parte interna da coxa da perna que vai ficar esticada. Estique os braços para o alto e depois para frente, sem curvar a coluna, e alongue-se tentando buscar a ponta do pé da perna esticada.

Observe seus limites e fique na posição de alongamento por alguns segundos. Depois, inverta o lado e repita.

3.  Prancha lateral

Uma mulher fazendo uma prancha lateral na praia

Para fazer a prancha lateral, deite-se no chão com a barriga para baixo e, depois, fique na posição da prancha comum. Em seguida, apoie-se em apenas um dos braços e mantenha o corpo virado para o lado. Tenha cuidado para não tensionar os ombros e as escápulas.

Pode ser difícil no começo, mas acredite, esse exercício faz milagres!

4.  Posição do pombo

Pessoas fazendo a posição do pombo

Essa é uma postura super conhecida para quem é praticante de yoga. Para realizá-la, sente-se na posição de borboleta – com a coluna ereta e as pernas dobradas com os joelhos apontando para fora e as solas dos pés encostando umas nas outras.

Depois, estenda uma das pernas para trás, deixando o calcanhar virado para cima, como na imagem acima. Você pode apoiar o peito do pé da perna dobrada no chão ou deixar seus joelhos apontando sutilmente para fora.

Abaixe o quadril e fique na posição por alguns segundos. Em seguida, faça o mesmo processo com a outra perna.

A dor é tanta que nem os exercícios ajudaram? Consulte o seu médico! Em casos mais graves, uma cirurgia pode ser sua melhor opção e os devidos cuidados pós-operatórios o segredo para uma recuperação rápida.

Qual é o tempo de recuperação da síndrome do piriforme?

Em caso de cirurgia, a recuperação muscular deve levar, pelo menos, 6 meses. Nesse meio tempo, você vai precisar de repouso, mas, em algum momento, também precisará ir retornando a ativa aos poucos. Converse constantemente com o seu médico!

Os exercícios para tratar da síndrome do piriforme, por sua vez – com ou sem operação –, precisam ser feitos constantemente para que o nervo se fortaleça e as dores não voltem mais.

Em caso de sintomas agudos, o tempo de recuperação com descanso e exercícios vai depender do seu caso, individualmente. E como prevenir é melhor do que remediar, antes de ir, observe algumas dicas para evitar o problema.

Síndrome do piriforme: o que evitar?

Alongamentos antes da prática de qualquer atividade física e exercícios de fortalecimento da musculatura da região do glúteo, adutores, abdutores e de alongamento são essenciais como prevenção da síndrome do piriforme, mas não devem ser realizados durante os picos de crise dessa complicação.

Quando estiver tendo uma crise, pare de realizar qualquer atividade física que cause dor. Além disso, se sentir incômodo ao se sentar, fique de pé ou mude de posição para retirar a fonte de pressão ao redor das nádegas.

Tudo anotado? Não deixe de conferir os outros artigos do blog da Atletis para saber mais sobre saúde no esporte. Até a próxima !

Material enviado com sucesso!

Em alguns instantes você vai receber os materiais na caixa de entrada do seu e-mail. Caso não receba, lembre-se de conferir o SPAM ou Lixo eletrônico.

O que você achou do post?

2 Respostas

Deixe seu comentário