Altimetria na corrida e no ciclismo: o que é e como calcular

Usando como base a altimetria na corrida ou no ciclismo, os atletas têm mais segurança para observar como serão os obstáculos pelo caminho, o ganho de elevação, os trechos ideais para manter o ritmo e quando segurar o fôlego. Veja mais detalhes neste artigo.

Tronco e pernas de um atleta correndo a beira de um lago

A altimetria na corrida ou no ciclismo, conhecida também como “ganho de elevação”, é, basicamente, a soma da distância vertical entre o local de partida e o ponto de chegada do atleta que pratica sua atividade física em determinado percurso.

A partir dela, é possível saber quantos metros acima ou abaixo foram caminhados ou pedalados em um trecho cheio de altos e baixos – no bom sentido!

É importante destacar que altimetria não é o mesmo que altitude – medida a partir do nível do mar –, isso porque o ganho de elevação independe do nível do oceano e, levando esse fator em consideração, as subidas de um atleta são calculadas com base no trajeto percorrido, seja em vales ou montanhas.

Como chegar ao resultado procurado? De que maneira descobrir se uma prova vai precisar de mais ou menos fôlego? Neste artigo, você vai ver que é mais fácil do que imagina entender a dinâmica da altimetria!

O que é altimetria na corrida? Entenda de forma prática

A altimetria é o cálculo do ganho de elevação em um percurso, e conhecê-la ajuda tanto na navegação quanto na interpretação de mapas topográficos. Para encontrá-la, geralmente são utilizados dispositivos como o altímetro barométrico, o GPS ou softwares especializados.

A partir da altimetria são analisadas mudanças de elevação em atividades como caminhadas, ciclismo e corridas. É com ela que se descobre quanto de subida existe em uma rota, algo útil para os atletas, porque ajuda a avaliar a dificuldade de cada percurso.

De forma resumida, conhecer esse indicador em determinado trajeto funciona para:

  • calcular o ganho de elevação (subida) da largada ao ponto de chegada;
  • medir o esforço empregado no trajeto, observando a relação entre distância percorrida e ganho de elevação;
  • ajudar os atletas a se prepararem fisicamente antes de uma competição ou prática; e
  • auxiliar na elaboração de estratégias das equipes no que diz respeito ao terreno, à hidratação, aos pontos de apoio, dentre outros aspectos.

Destaque para o cálculo da altimetria em corridas de montanha, que exigem ainda mais força e determinação dos atletas para todos conseguirem superar os trechos mais desafiadores e manter suas reservas de energia mesmo nas elevações!

Além de tudo, essa métrica facilita a vida dos organizadores de eventos esportivos, afinal, ter todos os dados sobre a rota da corrida ou do pedal na palma da mão melhora a reputação e a estruturação do grande dia.

Como acontece na hora de se estruturar um planejamento logístico de um trail run, por exemplo!

E, para quem ainda está em dúvida sobre a diferença entre altimetria e ganho de elevação ou sobre ser tudo a mesma coisa, algumas dúvidas pontuais foram explicadas no próximo tópico. Acompanhe!

O que é o ganho de elevação na prática de esportes?

Embora sejam termos diferentes, altimetria e ganho de elevação são nomes distintos para explicar a mesma coisa: medição de subida. Por meio da averiguação do ganho em uma inclinação, é possível ver quanto um atleta “fez de subida” no total do trajeto que percorreu durante um treino ou uma competição.

A análise vale tanto para corridas ou caminhadas quanto para práticas feitas de bicicleta.

Alguém que pegar uma bike e sair para pedalar do bairro onde mora até o centro da cidade e que precisa subir dois montes durante o trajeto, enfrentando, primeiro, uma elevação de 40 metros e, depois, uma inclinação bem suave, de 20 metros, chegará ao destino com um ganho de altimetria de 60 metros.

subida 1 (S1) + subida 2 (S2) = ganho de elevação (GA) ou altimetria

Uma terceira subida será adicionada à conta quando existir – e uma quarta, uma quinta, uma sexta e por aí vai! A mesma equação serve como base para cálculos automáticos feitos em aplicativos de medição de distância e altimetria que você utiliza nos seus treinos, como o popular Strava.

O que significa ganho de elevação no Strava? Descubra como o app mede a altimetria

No Strava, popular aplicativo usado por praticantes de diversas modalidades esportivas, o nome “altimetria” é substituído por “ganho de elevação”. O app utiliza GPS e informações de satélites ou de altímetros barométricos e um sistema próprio de cálculo altamente eficiente para entregar aos atletas os cálculos que eles buscam.

Com base no cruzamento de dados de localização e daqueles fornecidos por algoritmos, o Strava consegue entregar, com alta precisão e criação de um mapa de percurso virtual do trajeto percorrido, detalhes sobre quantos metros a pessoa que o utiliza subiu durante o treino.

O sistema do app, inclusive, dá preferência a informações obtidas através de altímetros barométricos – objetos que observam a pressão atmosférica, que muda dependendo da altitude – porque elas são mais precisas que as de GPS.

Entre utensílios que podem fornecer essas informações estão algumas marcas de smartwatches – relógios inteligentes que possuem, dentre outras funcionalidades, o registro de atividade física com monitoramento cardíaco e contagem de calorias etc.

Porém, vale destacar que, mesmo quando o GPS apresenta algum errinho de cálculo – a exemplo de metros adicionais (não percorridos na vida real) ou atalhos que o atleta não pegou –, os dados obtidos passam por uma rigorosa correção vinda do app, que consegue resolver os equívocos cometidos pelo satélite.

Exemplo de ganho de elevação no Strava

No gráfico abaixo, você confere um trajeto de 25 km feito de bike e registrado pelo Strava. Observe que o ciclista responsável por percorrê-lo passou por vários pontos de elevação durante o passeio, o maior deles no 15º quilômetro de pedalada, com mais de 60 metros.

Somando este ponto aos outros picos no decorrer do caminho, o atleta obteve um ganho de elevação de 98 metros durante o pedal.

Gráfico mostrando o ganho de elevação que um ciclista obteve em um trajeto, no aplicativo strava

Imagem: Reprodução | Aplicativo Strava

Analise informações como essas no seu aplicativo se quiser evitar subidas altas demais ou, justamente, seguir por outro lado e se aventurar em trechos mais desafiadores. Nos casos de competições, as análises podem ajudar você a se destacar dentre os demais competidores.

O conhecimento da altimetria das suas práticas ajuda tanto na obtenção de uma maior cadência no ciclismo quanto com a melhora da frequência do seu ritmo cardíaco durante as caminhadas.

A altimetria para bike, especificamente, é ainda mais importante, pois vai ajudar a determinar estratégias sobre o uso das marchas e contribuir com a preservação física e do equipamento durante os piores trechos – aqueles com ganhos de elevação muito íngremes.

Então, na hora de organizar um evento de ciclismo, não esqueça de divulgar essa informação!

Ciclistas que se baseiam em altimetria têm a oportunidade de saber:

  • por quantos quilômetros vão poder manter uma velocidade constante sem precisar trocar de marcha; e
  • em quais trechos enfrentarão a perda do ritmo, tendo que usar sua resistência para subir ladeiras.

Dessa maneira, podem bolar planos para ganhar tempo em trajetos planos, aumentando o ritmo e a velocidade e se distanciando de outros competidores em uma disputa valendo premiação. Agora, voltando às corridas!

Como entender a altimetria de corridas?

A melhor maneira de compreender a altimetria de corridas é contando com o auxílio de gráficos.

Alguém que atue exclusivamente com organização de eventos esportivos pode, inclusive, divulgá-los em uma plataforma digital feita para simplificar e desburocratizar a venda de ingressos, dando maior suporte aos atletas, mostrando o trajeto e explicando suas variações por meio da comparação entre ganho de elevação (em metros) e distância percorrida.

Como calcular altimetria na corrida?

Imagine duas situações hipotéticas de competições: na primeira (A), uma prova de ciclismo com uma distância de 200 quilômetros e, na segunda (B), apenas 50 quilômetros percorridos no total, mas com elevações mais íngremes.

Situação A

Note que o trajeto é cheio de “sobe e desce”, mas, para analisar a altimetria, é preciso anotar apenas os picos.

Exemplo de gráfico de ganho de elevação com o design da atletis, de uma prova de ciclismo hipotética

Logo, os ganhos de elevação são os seguintes:

1ª subida = 50 metros
2ª subida = 30 metros
3ª subida = 100 metros
4ª subida = 60 metros
5ª subida = 80 metros
6ª subida = 150 metros

Um total de 470 metros de subida, mas distribuídos ao longo de 200 quilômetros de prova, o que significa que o trajeto é tranquilo quanto à altimetria.

Situação B

Neste outro exemplo, você percebe que o trajeto é mais duro, afinal, o gráfico mostra uma prova mais curta (com apenas 50 quilômetros de distância), mas com subidas íngremes e todas feitas ao longo de um trecho relativamente pequeno.

Exemplo de gráfico de ganho de elevação com o design da atletis, de uma prova de ciclismo hipotética

1ª subida = 200 metros
2ª subida = 150 metros
3ª subida = 300 metros
4ª subida = 250 metros

Total de 900 metros para cima – quase ao infinito e além! –, o que indica uma prova extremamente desafiadora para os atletas, podendo ser uma competição em uma serra, por exemplo.

E aí, agora ficou mais fácil virar craque na arte de ler e identificar suas metas e melhores provas com base em dados? Deu para captar a importância da altimetria em competições esportivas? Se sim, partiu calcular tudo daqui para frente para não precisar nem pensar em outra alternativa senão o primeiro lugar dos pódios! Até a próxima.

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