Dieta Cetogênica: o que é e como fazer?

A dieta que é conhecida por cortar carboidratos pode ser uma boa opção para perder peso, mas existem algumas coisas que você deve saber antes de fazê-la. Confira.

Dieta cetogênica

A dieta cetogênica consiste em reduzir drasticamente o consumo de carboidratos na alimentação diária, fazendo com que o corpo busque outras fontes de energia e acabe, por consequência, queimando mais gordura.

É muito comum ver pessoas que utilizam a dieta cetogênica para emagrecer, já que a rotina de alimentação proposta realmente faz com que o emagrecimento aconteça de forma rápida. No entanto, há alguns efeitos colaterais que devem ser considerados na hora de adotar esse tipo de dieta.

Para começar, não é todo mundo que pode fazer a cetogênica. A maior fonte de energia dessa dieta é a gordura, que pode aumentar os níveis de triglicerídeos e colesterol, o que faz com que essa rotina se torne perigosa para pessoas que já possuem altos níveis dessas moléculas no organismo.

Sem mais delongas, confira todos os detalhes sobre a dieta cetogênica que preparamos para você, desde os benefícios aos alimentos proibidos e a duração da nova rotina alimentar, é só continuar a leitura.

O que é uma dieta cetogênica?

Basicamente, a dieta cetogênica diminui a quantidade de carboidratos da rotina alimentar para fazer com que o organismo queime calorias a partir de outros nutrientes, como a gordura, o que auxilia na perda rápida de peso.

O método ainda induz a produção de corpos cetônicos que diminuem o apetite. No entanto, nos primeiros dias podem ocorrer mudanças de humor, cansaço e fraqueza. Tudo isso porque o corpo leva um tempo para se acostumar a ficar sem a maior fonte de combustível do organismo, que são os carboidratos.

Vale ressaltar que o carboidrato não é totalmente cortado da alimentação, mas o consumo diário fica em torno de 20 g a 50 g do nutriente, enquanto o comum é que sejam consumidos 200 g de carboidratos todos os dias.

Dieta cetogênica: por quanto tempo fazer?

Esse tipo de dieta deve ser recomendado e avaliado por um profissional da área da nutrição e não deve ser seguido por prazo maior que seis meses por conta do alto nível de restrição alimentar.

Uma outra possibilidade é a dieta cetogênica cíclica, que consiste em dois dias livres na semana para se alimentar com mais carboidratos. Essa alternativa pode auxiliar quem tem dificuldades de seguir a rotina restritiva da dieta.

Quais os benefícios da dieta cetogênica?

Além do emagrecimento, também é adotada para tratamento de crises de epilepsia, obesidade e diabete tipo 2 (quando controlada). Essa rotina alimentar também pode auxiliar no tratamento de alguns tipos de câncer, pois algumas células cancerígenas podem se alimentar também de carboidrato, nutriente em menor quantidade na cetogênica.

Mas, voltando ao motivo pelo qual muitas pessoas buscam essa dieta: o emagrecimento na cetogênica é muito mais rápido, já que, sem os carboidratos, o organismo passa a se alimentar da gordura do corpo, fazendo com que você perca mais rapidamente aquela gordurinha indesejada.

No entanto, nem todo mundo pode seguir essa dieta. No próximo tópico, você irá conferir como fazê-la e quais os grupos que não devem adotá-la.

Como fazer a dieta cetogênica

A dieta cetogênica reduz o consumo de carboidratos até que o nutriente corresponda de 10 a 15% das calorias totais a serem consumidas por dia. Assim, o organismo começa a queimar as calorias através de outros nutrientes, como a gordura, presente na maior parte dos alimentos permitidos nessa dieta.

Inclusive, é normal que o organismo leve um tempo para se adaptar com a quantidade reduzida de carboidratos, afinal, o nutriente é a maior fonte de energia do corpo. Por isso, é normal que haja dor de cabeça, fraqueza e cansaço excessivo no início. Esses sintomas tendem a melhorar uma vez que o organismo se acostuma.

É importante lembrar que a dieta deve ser prescrita e recomendada por um profissional da nutrição, já que ela não é recomendada para alguns grupos de pessoas, como:

  • crianças e adolescentes;
  • gestantes e lactantes;
  • pessoas acima de 65 anos;
  • pacientes com alto risco de cetoacidose: diabéticos tipo 1 e tipo 2 (quando não controlado), pessoas de baixo peso ou com histórico de doenças nos rins, fígado ou condições cardiovasculares, como o AVC;
  • pessoas em tratamento com medicamentos à base de Cortisona; e
  • pacientes com pedra na vesícula.

De modo geral, os alimentos com proteína na dieta cetogênica devem corresponder a 20% dos nutrientes consumidos na rotina de alimentação diária, somadas a uma média de 10 a 15% de carboidratos e o restante em gordura, minerais, vitaminas e, opcionalmente, suplementação.

Também é bom lembrar que, por ser um plano de alimentação muito restrito, a perda de peso rápida também favorece a compulsão alimentar, o que pode causar um efeito rebote e fazer com que o peso seja ganho novamente, às vezes até em maior quantidade.

Por isso, o ideal é que você procure um nutricionista, que fará a avaliação das necessidades da dieta adaptadas ao seu organismo e estimará um tempo de duração para a mesma. O indicado é que, após o fim da cetogênica, o indivíduo continue com acompanhamento profissional para reintroduzir os carboidratos na alimentação de forma responsável.

Dieta cetogênica: alimentos permitidos e proibidos

Se você é do time que se perde quando se fala em carboidratos, proteínas e gorduras e não sabe bem que tipo de alimento faz parte desses grupos, fique tranquilo! Para facilitar, preparamos uma lista dos alimentos permitidos e proibidos nesta dieta.

Alimentos permitidos

  • Todas as verduras;
  • Abacate e coco;
  • Manteiga;
  • Castanhas;
  • Azeite;
  • Banha de porco;
  • Peixes, carnes e frango no geral;
  • Ovos;
  • Queijos;
  • Iogurte; e
  • Açaí sem xarope de guaraná ou açúcar.

Alimentos proibidos

  • Pães;
  • Macarrão;
  • Farinhas;
  • Doces;
  • Bebidas alcóolicas;
  • Sucos;
  • Amidos;
  • Alguns tubérculos: batata, mandioca, inhame, cenoura, batata-doce;
  • Milho;
  • Leguminosas: feijão, soja, ervilha, grão-de-bico; e
  • Fontes de açúcar, como xaropes, refrigerantes, chocolates e sorvetes.

Qual a diferença entre a dieta cetogênica e a low carb?

As duas dietas se assemelham pelo fato de diminuir consideravelmente a quantidade de carboidratos, que, por estar presente na maior parte dos alimentos, quando reduzidos ajudam na perda de peso.

No entanto, a maior diferença entre elas está na quantidade de carboidratos que podem ser ingeridos diariamente. Na low carb, o indivíduo pode consumir, de modo geral, até 150 g do nutriente por dia, enquanto na cetogênica o limite varia entre 20 a 50 g diárias de carboidrato.

Devo fazer a dieta cetogênica?

Com acompanhamento nutricional, ela pode ser uma escolha segura para quem quer perder peso ou até mesmo tratar condições mencionadas anteriormente, como epilepsia e alguns tipos de diabetes.

No entanto, se você é atleta ou busca uma dieta para manter o peso ou tomar como estilo de vida, a cetogênica não é a melhor opção.

Por ser muito restritiva, ela pode favorecer compulsões alimentares ou até mesmo o famoso efeito rebote, que faz com que o indivíduo ganhe o peso perdido algum tempo depois do fim da dieta.

A falta do carboidrato, que é a maior fonte de energia do organismo, também pode levar a alguns problemas mais sérios a longo prazo caso essa restrição alimentar rígida prossiga por tempo maior que o recomendado, como risco de crises de hipertensão e hipoglicemia (falta de açúcar no sangue).

A ingestão de gorduras e proteínas em grande escala também pode sobrecarregar o fígado ou o rim caso você já tenha problemas nesses órgãos. Os triglicerídeos e colesterol também podem aumentar.

Quanto à falta de vitaminas e minerais por conta da exclusão de carboidratos ricos nesses nutrientes da dieta, é possível remediar com o uso de suplementação complementar.

Portanto, é possível sim seguir essa dieta, desde que você não se encaixe nos grupos para os quais a rotina é contraindicada e não a prolongue por período maior que seis meses. Lembre-se que também é aconselhável que você procure orientação de um profissional da área da nutrição

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