Avaliações para corredores: quais testes valem a pena?

Corra com a ciência esportiva! Descubra quais avaliações para corredores fazem sentido para seu momento e acelere seu desenvolvimento com segurança.

Por Redação 04 de Junho de 2025 - Atualizado em 11 de Junho de 2025 7 min. de leitura
Paciente masculino realizando testes cardíacos com eletrodos no peito sob supervisão de um médico em laboratório de medicina esportiva.

Análise biomecânica da corrida, testes que medem força e resistência e exames clínicos: cada uma dessas avaliações para corredores revela algo essencial sobre o desempenho, a postura e o preparo de atletas amadores em ascensão.

Você treina, se dedica, sente que está melhorando, mas aí pensa: “será que estou mesmo no caminho certo?”. Relaxa! Isso é super comum no meio esportivo. Para saber onde dá para evoluir e como fazer isso com mais segurança, existem testes específicos que mostram o que o cronômetro não conta.

Neste artigo, você descobre quais valem a pena, quem pode aplicá-los e quando é o melhor momento de investir em cada um deles. Se aquece aí!

Quais são as principais avaliações para corredores?

Os testes físicos para corredores focam em três frentes: prevenção de lesões, melhoria de desempenho e adaptação do treino ao organismo de cada atleta.

Nesse sentido, os mais utilizados são:

  • A avaliação funcional
  • A análise biomecânica da corrida
  • O teste ergoespirométrico
  • Outros exames médicos específicos

Veja o que cada avaliação monitora e quando vale incluí-las no seu acompanhamento esportivo!

Avaliação funcional para corredores

Mulher e homem em academia praticando corrida em esteira, com foco em treino de fitness e saúde.

A avaliação funcional ou Functional Movement Screen (FMS) é uma análise de como seu corpo se mexe, na qual um especialista analisa sua mobilidade e sua estabilidade para detectar possíveis desequilíbrios musculares.

Basicamente, você faz movimentos guiados como agachamentos, alongamentos, sprints e saltos enquanto o profissional observa onde seu corpo compensa, trava ou desequilibra.

  • Para que serve: revela encurtamentos e outras limitações que podem ser lesivas ou reduzir o rendimento, principalmente em treinos mais intensos.
  • Quem faz: fisioterapeuta esportivo ou educador físico com formação em avaliação funcional.
  • Custo médio: entre R$ 150 e R$ 300, dependendo da profundidade da análise e da região.

Esse teste é extremamente importante no início de um novo ciclo de treinos ou após voltar de lesão muscular ou articular nos joelhos, quadris ou tornozelos.

Análise biomecânica da corrida

Homem treinando na esteira de corrida enquanto grava um vídeo com câmera de celular em ambiente interno de academia de ginástica.

A análise biomecânica observa sua técnica de corrida em movimento: como você pisa, projeta o corpo, movimenta os braços e absorve o impacto. Ela é especialmente indicada quando você sente dor sempre no mesmo ponto.

Na sessão, você corre numa esteira enquanto uma câmera filma seus movimentos em slow motion. A partir das imagens, um software analisa detalhes como a pisada e o giro do quadril.

  • Para que serve: identifica padrões que favorecem lesões, desperdício de energia ou queda de desempenho, tudo para orientar ajustes específicos na técnica.
  • Quem faz: fisioterapeuta especializado em corrida ou centros de medicina esportiva com estrutura para captação de movimento.
  • Custo médio: entre R$ 250 e R$ 600, a depender da tecnologia usada e do profissional – as com projeção 3D são mais caras, mas daí a análise é de alto nível!

Também vale para quem quer baixar o pace sem aumentar o volume de treino – inclusive, tem um conteúdo aqui, no blog da Atletis, que ensina como correr mais rápido: fica a dica!

Baropodometria (avaliação da pisada)

Pessoa testando um dispositivo de equilíbrio com os pés, destacando o uso de tecnologia de medição de movimento e equilíbrio.

Este protocolo mapeia, em detalhes, como seu peso e a pressão da sua passada se distribuem nos pés ao caminhar e correr.

No teste, você pisa numa plataforma com sensores que registram pontos de maior carga e a sequência dos apoios – o que vai mostrar se rola sobrecarga no calcanhar, no médio-pé ou na ponta do membro.

  • Para que serve: identifica o tipo de pisada (pronada, supinada ou neutra), desequilíbrios e pontos de sobrecarga.
  • Quem faz: fisioterapeuta, ortopedista ou profissional de clínicas especializadas em corrida.
  • Custo médio: R$ 100 a R$ 250.

Esse é um teste-chave para ajudar na escolha do drop do seu tênis ou indicar se você precisa usar uma palmilha personalizada, pensando em driblar as lesões.

Teste ergoespirométrico (VO₂ máx)

Homem se exercitando na esteira com monitor de frequência cardíaca e usando máscara de oxigênio em ambiente de academia moderna, promovendo saúde e condicionamento físico.

É o gold-standard para entender a sua aptidão cardiorrespiratória. Nesta avaliação, você corre (ou pedala) usando uma máscara que mede os níveis de oxigênio (O2) e gás carbônico (CO2) em cada estágio do esforço, enquanto a intensidade aumenta.

  • Para que serve: determina o VO₂ máximo, limiares aeróbico e anaeróbico, ou seja, quando o corpo muda a forma de produzir energia, e zonas de treinamento ideais.
  • Quem faz: médico do esporte ou fisiologista em laboratório de performance.
  • Custo médio: R$ 300 a R$ 600.

O VO₂ é vital numa boa avaliação de desempenho para corrida, e o teste mais preciso para personalizar treinos com base na real capacidade respiratória do atleta.

Teste de lactato

Atleta realizando teste de resistência em laboratório de performance física, monitorado por especialista durante avaliação esportiva.

Este exame analisa quanto de ácido lático – que dá aquela sensação de ardência nos músculos quando você se exercita – o corpo produz em diferentes níveis de esforço, ajudando a identificar até que ponto você consegue se exercitar antes de começar a sentir muito cansaço.

Durante o protocolo, pequenas amostras de sangue são coletadas – geralmente no dedo ou no lóbulo da orelha – enquanto você corre em esteira com uma intensidade crescente.

  • Para que serve: define a intensidade ideal do treino antes que o corpo acumule lactato demais (limiar anaeróbico).
  • Quem faz: fisiologista ou médico do esporte em laboratórios equipados para análise de sangue.
  • Custo médio: R$ 300 a R$ 500.

Esse teste é ótimo para quem está se preparando para uma maratona e quer evitar as “travadas” musculares típicas de provas de resistência.

Avaliação clínica para corredores

Paciente realizando testes de esforço cardiovascular na clínica sob supervisão de uma médica, focada na saúde do coração.

Mais do que um check-up padrão, esta avaliação reúne exame físico detalhado, cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC), percentual de gordura, eletrocardiograma em repouso e/ou esforço, histórico médico e exames laboratoriais básicos (hemograma, ureia etc.), liberando o atleta para treinos intensos sem riscos ocultos.

  • Para que serve: detecta fatores de risco e garante que você esteja apto(a) para treinar com segurança.
  • Quem faz: médico do esporte ou cardiologista e, se necessário, ortopedista.
  • Custo médio: R$ 200 a R$ 400, dependendo de exames extras solicitados.

Esse exame deve ser prioridade para corredores iniciantes, atletas avançados que mudam radicalmente o volume de treino ou quem já teve sintomas de doenças cardíacas durante a prática, como dor no peito ou palpitações.

Por fim, com a bateria de exames em mãos, o mais recomendado é mostrar os resultados ao seu preparador físico para adaptação dos seus treinos com mais segurança.

Acompanhamento esportivo para corredores: como usar os resultados das avaliações?

O acompanhamento esportivo é o caminho mais seguro se você quer evitar platôs, correr com maior consistência e acelerar sua evolução, aproveitando todos os benefícios da corrida sem medo.

E, claro, o olhar profissional de um personal trainer para corrida é fundamental nesse processo de ajustes, que envolve três passos simples:

  1. Consolide seu diagnóstico: reúna todos os resultados iniciais e defina metas junto do seu coach de corrida, como fortalecer o joelho para eliminar dores ou ganhar 5% de VO₂ em um mês.
  2. Peça para que o treinador personalize o treino: com base no diagnóstico, peça a ajuda de quem acompanha você para ajustar volume, intensidade e exercícios mirando nas lacunas identificadas em cada avaliação.
  3. Reavalie periodicamente: repita as avaliações essenciais a cada 3 ou 6 meses e compare os novos resultados com o diagnóstico inicial.

Com esses ajustes em dia, vai ficar bem mais fácil correr sem dor – e dá até para considerar já se inscrever na próxima corrida, né?

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